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domingo, 28 de março de 2010

Vasco joga a vida, aplica goleada no Fluminense e renasce na Taça Rio

No duelo da paz contra a calmaria, prevaleceu a motivação de quem não tinha outra alternativa que não fosse a vitória. Visivelmente muito mais motivado que o Fluminense, o Vasco ressurgiu na Taça Rio com uma vitória por 3 a 0 sobre o rival neste domingo, no Maracanã, pela sétima rodada da competição. Após um primeiro tempo monótono, o time da Colina atropelou na etapa final e triunfou com gols de Thiago Martinelli, Dodô e Fagner.

Com o resultado, a equipe de São Januário volta a figurar entre os classificados para a semifinal do segundo turno. Os vascaínos têm 12 pontos e ocupam a segunda colocação do Grupo B, um ponto na frente do América, derrotado pelo Flamengo. Apesar da derrota, o Fluminense segue com a classificação bem encaminhada: tem 16 pontos e está em segundo no Grupo A, seguido pelo Bangu, que tem 13 e cinco gols a menos de saldo.

Já classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil, o time de Cuca tem a semana livre para treinos e encerra a fase de classificação da Taça Rio no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Macaé, no Maracanã. O Vasco, por outro lado, joga a vida na competição nacional quarta-feira, contra o Asa-AL, às 21h50m, em São Januário. Pelo Carioca, o compromisso será também no domingo, às 16h, diante do Duque de Caxias, no Marrentão.

Sem poder perder, o Vasco se preocupava em não sair atrás do placar e só se arriscava no ataque na boa. Sem precisar vencer, o Fluminense trabalhava a bola no campo de ataque, mas não era incisivo. Com as duas equipes em ritmo lento, a primeira etapa não podia terminar de maneira diferente: 0 a 0.

Bem postado na defesa, o Vasco deixava o Tricolor trocar passes nos minutos iniciais, enquanto esperava espaços para se aventurar no campo ofensivo. Quando isso aconteceu, apelou para sua principal arma: Philippe Coutinho. Aos oito, o jovem de 17 anos aplicou lindo drible em Cássio e foi derrubado na entrada da área. Nilton desperdiçou a cobrança de falta.

Com a área cruzmaltina congestionada, o Flu passou a arriscar passes longos. Estratégia que não deu certo. Aos 13, problema para o Vasco: Jéferson sentiu lesão na coxa e foi substituído por Carlos Alberto. A entrada do meia fez o time de Gaúcho apostar ainda mais no contra-ataque. E foi desta forma que quase abriu o placar, aos 17.

Philippe Coutinho partiu em velocidade, gingou para esquerda, para a direita, deixou Leandro Euzébio tonto e foi desarmado por Everton. O volante tricolor, no entanto, roubou a bola com um chutão para o campo de defesa e quase marcou contra. Rafael salvou.

Quatro minutos depois, mais uma boa oportunidade em jogada individual: Carlos Alberto balançou o corpo na entrada da área e chutou com perigo. A essa altura, o Flu seguia com maior posse de bola, mas pecava na falta de criatividade. Conca estava apagado, e Diguinho resolveu tentar armar o jogo.

Na primeira jogada, o volante foi feliz. Aos 27, ele puxou para o meio e deixou Alan em boa condição dentro da área. O atacante chutou cruzado e tirou tinta da trave direita de Fernando Prass. O lance animou o Tricolor, que assuntou também aos 30, em chute prensado de Mariano que passou por cima do travessão.

Jogador mais objetivo em campo, Coutinho tentava chamar a responsabilidade e forçou boa defesa de Rafael em conclusão de longe, aos 32. Apesar da disposição de alguns jogadores, no entanto, a partida seguia em ritmo lento e os tiros de longa distância deram a tona de um primeiro tempo morno, que em nada justificou o valor decisivo do clássico.

Sem outra opção, o Vasco voltou para o segundo tempo totalmente ofensivo. Com Carlos Alberto, Philippe Coutinho e Elton livres para atacar, a equipe da Colina aplicou uma verdadeira blitz até conseguir abrir o placar. A primeira boa chance foi de Elton, aos cinco, com bonito voleio da entrada da área. Depois, Coutinho e Souza também arriscaram, mas foi um zagueiro o responsável pelo gol do alívio.

Aos 13 minutos, Philippe Coutinho cobrou escanteio e Thiago Martinelli desviou na pequena área para vencer Rafael. A torcida do Vasco ainda comemorava quando Fernando Prass foi obrigado a trabalhar. Alan emendou bonito da entrada da área e parou no goleiro vascaíno.

Mesmo em desvantagem, o Fluminense não acelerava as jogadas e demonstrava passividade. Aos 25, Coutinho, o abusado, mais uma vez assustou. Ele driblou dois e bateu forte por cima do gol. Dois minutos depois, um raro lance de perigo do time de Cuca. Conca soltou uma bomba em cobrança de falta e Titi colocou a cabeça para interceptar a jogada.

Aos 32, Rafael Carioca tentou ajudar a acordar o Tricolor. O volante tentou recuar para o goleiro e deu um presente para Alan, que chutou sem direção. O esboço de reação, entretanto, teve um ponto final aos 35, quando Leandro Euzébio fez falta em Dodô, recebeu o segundo amarelo e foi expulso.

Entregue, o Fluminense só esperou a partida acabar e viu ainda o próprio Dodô ampliar, aos 42. O artilheiro dos gols bonitos recebeu passe em velocidade, deixou Gum, único zagueiro tricolor em campo, para trás, tocou por baixo de Rafael e devolveu o poder ao Vasco, que segue vivo na Taça Rio. Fagner, aos 45, ainda deu o golpe final, em chute cruzado após passe de Carlos Alberto.

Ficha técnica:

FLUMINENSE x VASCO
Rafael, Gum, Cássio (Fábio Neves) e Leandro Euzébio; Mariano, Diguinho, Conca, Everton e Julio Cesar (Equi Gonzalez); Alan e André Lima (Wellington Silva). Fernando Prass, Elder Granja (Fágner), Thiago Martinelli, Titi e Marcio Careca; Nilton, Rafael Carioca, Souza e Jeferson (Carlos Alberto); Philippe Coutinho e Elton (Dodô).
Técnico: Cuca. Técnico: Gaúcho.
Gols: Thiago Martinelli, aos 13, e Dodô, aos 42 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diguinho, André Lima e Leandro Euzébio(Fluminense) Elder Granja e Rafael Carioca (Vasco). Cartão Vermelho: Leandro Euzébio (Fluminense).
Estádio: Maracanã. Data: 28/03/2010. Árbitro: William de Souza Nery Auxiliares: Ediney Mascarenhas e Marco Aurélio dos Santos Pessanha.

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